segunda-feira, 15 de abril de 2013

Karma e Dharma

Karma significa AÇÃO, pois a reação é gerada através de uma ação, já faz parte de uma ação. Para o Budismo, o Karma não tem relação alguma com pecado, castigo, "ira divina e ou destino" e sim com aprendizado, educação, amadurecimento e evolução, pois quando aprendemos uma lição o Karma cessa. Tem o contexto puramente de causa e conseqüência, ou seja, toda ação corresponde a uma reação, inexoravelmente. Desta forma o Karma pode ser tanto positivo quanto negativo e depende unicamente das ações que geramos e praticamos.
A Lei do Karma pode ser considerada como uma lei de harmonia universal, que preserva a unidade do Universo e é um dos princípios fundamentais da física. 

"A toda ação corresponde uma reação igual e em sentido contrário".
(Issac Newton)

Karma cria a necessidade do ciclo reencarnatório - Samsara, que é justamente um impulso cármico, sendo qualquer tipo de atividade física, mental ou espiritual - ações corretas produzem bons resultados e ações erradas trazem más conseqüências, pois criamos o nosso Karma através do que pensamos, dizemos e fazemos. Se vibrarmos coisas boas e sentimentos bons, receberemos coisas boas e teremos sentimentos bons para compartilhar com todos os demais seres. Resumidamente, podemos dizer então, que Karma é “tudo o que recebemos de volta”.

"Cultivar estados mentais positivos como a generosidade e a compaixão 
decididamente conduz a melhor saúde mental e a felicidade."
(Dalai Lama)

E como estas coisas boas e sentimentos bons não são acompanhados de cobiça, resistência ou ilusão e sofrimento e que se quantificados, transformam-se em gestos de compaixão, benevolência e altruísmo, podemos desta forma, transmitir, doar e multiplicar esses sentimentos a todos os seres, beneficiando-os. E isto tudo é justamente o Dharma, que ao pé da letra quer dizer “aquilo que sustenta”.
No budismo, o Dharma está associado à Lei Natural, à Verdade Natural que rege o Universo, as pessoas, as coisas e tudo que existe no mundo. Ou seja, é o Caminho Natural, o Comportamento Natural ou o Dever Natural da Pessoa, num sentido mais intrínseco, é aquilo que é nato, essência pura. E que se refere ao fato de cada pessoa possuir um curso de ação que é o mais correto e gratificante para ela, um caminho que produz uma maior felicidade e uma evolução mais rápida.
Pode ser compreendido ainda como a Lei Espiritual do Viver. Os budistas também chamam de Dharma o conjunto de ensinamentos deixados por Sidarta Gautama, o Buda Shakyamuni. O Dharma é considerado uma das Três Jóias ou Três Refúgios no budismo, juntamente com o próprio Buda e com a Sangha, a comunidade de praticantes.
Segundo Arthur Shaker, coordenador da Casa de Dharma, que é um centro de meditação Budista de São Paulo, o Dharma é “conduzir a própria existência de acordo com a prática das virtudes: evitar mentir, evitar roubar e matar. Sempre buscar autocontrole, discernimento entre o certo e o errado, exercitar a solidariedade, a generosidade e a bondade, cultivar a compaixão, a sabedoria e o altruísmo”. 
Todas as pessoas que se identificam de coração com a filosofia Budista devem se empenhar em seguir o caminho do Dharma, pois ao vivenciar o Dharma, é possível nos libertar dos sofrimentos mundanos e entrar em sintonia com as Leis Divinas e Universais de criação, alcançando a totalidade da vida, o Despontar da Felicidade e da Saúde Perfeita.
Resumidamente, o Dharma é “tudo aquilo que doamos”. Significa o caminho de ação mais correto, evolucionário e gratificante para nossa natureza única.

2 comentários:

  1. Uma diferenciação sutil mas que basicamente denota Karma como sendo tudo aquilo que eu recebo através de uma ação que gerou uma reação, podendo ser positivo ou negativo. E Dharma é tudo aquilo que eu absorvi de bom e incondicionalmente eu doo.

    ResponderExcluir
  2. Perfeeeito! Amei... Parabens amigo!

    ResponderExcluir